De manhã o atraso cresce,
O stress nasce para um novo dia!
Mal começa e já tudo mexe:
Gente para trás e para a frente,
Para todo o lado...
(parece um carreiro de térmitas!)
Cada um no seu carro,
Cada um para o seu destino!
O mesmo...
Cada um na sua Rotina,
Cada um para a sua vida!
A mesma...
Ao fim de mais um dia, e outra vez:
Dejá vú...
Porquê tornar este dia igual ao anterior?
Acordar às oito,
Vestir em dez minutos,
Beber um copo de leite
Comer torradas com manteiga!
Inventaram o chá, as bolachas e o doce para quê?
Tantos caminho diferentes,
Mas já nem se escolhe, vai-se pelo de sempre...
É por ser mais rápido?
Porque não acordar às sete e cinquenta,
E escolher um outro caminho?
Se calhar passa-se por um jardim,
Se calhar tem uma árvore,
Se calhar ouvem-se os pássaros...
E se se parar para ver?
O vento a fazer bailar as folhas verdes...
Ou vê-as cair no Outono!
Não será diferente?
Observar...
Nunca o fazemos,
Limitamo-nos a olhar!
Não será um suicídio mental,
Obrigar os nossos olhos a verem sempre igual?
Amanhã,
Vou tornar o amanhã
Diferente do que seria amanhã!
Original...
Novembro 2002